
Depois de um dia bastante intenso de atividades na Rocinha, um grupo de alunos (incluindo eu) acompanhados da Maria Luiza fomos visitar o Hospital Miguel Couto. Essa visita foi decorrente do fato de que estávamos intrigados com as estruturas já existentes no RJ pois, até aquele dia, só nos haviam sido apresentadas estruturas recém construidas. O fato de o Rio de Janeiro ter sido capital do país faz com que existam muitos grandes hospitais provenientes do antigo modelo hospitalocêntrico. Foi interessante ver aquela estrutura que aparentemente não passa por reformas há um bom tempo em contraste com as novas estruturas. Nem parece que estamos falando de um mesmo sistema de saúde. Também pudemos conversar com profissionais do hospital os quais relataram não terem percebido uma diminuição na demanda depois da inauguração das novas unidades. Isso possivelmente se dá pois havia uma demanda reprimida que agora está frequentando as novas unidades. O fato é que o hospital também requer atenção do sistema público, pois ele ainda tem uma grande demanda de atendimento e existem procedimentos que não são realizados nas UPAS, muito menos nas Clínicas da Família. Por isso, mesmo que reestruturado de acordo com a nova proposta de atenção primária, ele é necessário para o sistema público. Ainda mais quando se fala em ESF, pois a ESF não é uma proposta que tenha uma resposta a curto prazo, e sim, um resultado de prevenção e promoção da saúde a médio e longo prazo. Foi excelente ter tido a oportunidade de conhecê-lo e lamento que não tivemos a oportunidade de também conhecer outras unidades de saúde como as que já existiam e que ainda não tenham sido reformadas ainda para poder ter uma visão mais abrangente da atenção primária do muni´cípio e que estão sendo oferecidos, pelo menos, dois tipos de serviços diferentes nesse âmbito de atenção.
Imagem retirada do site: www.biohard.com.br